quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Ah, os homens que escrevem...

A minha vidinha profissional sempre me colocou na mesma sala que homens que lidam com a escrita.
Era pra eu ser acostumada com isso, mas não sou...
Homens que escrevem tem 100% de chances de serem melhor em tudo, eu acho.
E eu babo neles, babo mesmo.

Comecei a pensar nisso, quando meu ex-chefe me mandou um email dizendo que tinha feito um texto muito mulherzinha.

Pensei: que diabos é um texto mulherzinha? Reli minha produção e vi que ali tinha muito nhêm-nhêm-nhêm. Deletei, reescrevi. Mandei de novo e ele refez. Um texto redondo, leve, quase uma música. Eu creio que eu estava na TPM, tenho quase certeza.

Pensei de novo: por que os homens que escrevem fazem isso com tanta precisão? Porque eles conseguem usar palavras tão mulherzinhas e torná-las tão objetivas e perfumadas. Sim, eu sinto cheiro bom em textos bons. Não, eu não sou louca.

Os homens conseguem ser óbvios enrolando a gente. Eles são práticos demais, textualmente falando. Eles são praticamente bailarinos com sapatilhas de ponta quando sabem escrever. São clássicos, elegantes, não conseguem ser brutos no papel.

Eu sou fã de homens que escrevem. Casaria com um (se ele fosse cheiroso como seus textos).

Eu estou falando de homens que escrevem bem, não de homens que pensam que escrevem, mas nunca ouviram a opinião de uma redatora mulher a respeito de suas produções.

Redatoras mulheres são altamente criteriosas em avaliar textos. São chatas e tem um sensibilidade apurada com cheiros.

Sinto o cheiro de texto bom no ar, mesmo que eu esteja com o nariz entupido.

Livros, se não tê-los, como sabê-los?

Tenho dois motivos para escrever as linhas que seguem. Primeiro, hoje eu dei aula sobre Leitura Crítica. Segundo, eu gosto muito quando alguém lê um livro indicado por mim e fica apaixonado por ele como eu, até porque eu só indico livros que curto e não termino de ler livros chatos, nem quando eu era obrigada na Faculdade.

Ler é bom, eu não preciso provar isso para ninguém (aliás, para meus alunos eu preciso!). Quando eu era mais imatura que agora (vivo em processo de maturidade), eu vivia a máxima "não discuto com quem não lê", agora eu indico livros, o processo está evoluindo.

Leio algumas coisas, de autoajuda a qualquer outra coisa bem escrita. Leio porque eu gosto mesmo, mas não todo dia. Não devoro 20 livros por ano, mas leio alguns. Não gravo nome de autores, mas sou fã de uns poucos e bons.

Eu gosto de cheiro de livro novo e do cheiro que a gente deixa nos livros. Já chorei, já me estapiei, já xinguei, já refleti, já formei e já mudei de opinião com pessoas que nunca vi, porque eles vieram até mim em seus livros.

Não gosto de quem conversa sobre leitura contando os livros que leu: esse ano eu já li 46 livros! Eu gosto é de gente que fala de livro com o olho brilhando. Eu paro para ouvir a análise apaixonada sobre um livro. Pra mim parece a revelação de um segredo íntimo.

Gosto de dar livros e de indicá-los. Mas não empresto os meus, eu sei isso não é evolução. Já tentei me desapegar, alguns até saíram de casa, mas agora eu retrocedi, não quero mais que meus livros vivam sem mim... Porque eu gosto de relê-los. Os melhores, claro.

Mas talvez indicar livro é a parte mais divertida de toda essa história. Indicar um livro é mais ou menos isso: Lê aquilo lá porque lá tem o que eu não sei te dizer. O mesmo que: para dor no estômago, chá de boldo.

Tenho uma relação bem próxima com livros, pelo meu trabalho, pela minha paixão, pela minha criação. Eles são próximos de mim. Eu diria, dormem comigo. Mas isso não me faz uma intelectual, faltam umas centenas para eu chegar aí.

Sou apenas uma leitora chata, que não lê livro chato.
Que indica livros.
Que não empresta livros.
Que curte livros.

P.S: relendo "Tempos de Espera", de Fábio de Melo. Um livro que cheira a jardim.



quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O texto que eu nunca quis ter feito.

Fiz este texto em junho de 2013, em homenagem a um amor meu que partiu. Gosto dele, porque ele fala dela.


Maria do Amor


Escrever sobre o amor é a tarefa mais complexa para os redatores. Ou porque temos muito a dizer, ou porque nosso vocabulário não consegue ser tão rico para descrevê-lo. Neste caso em especial, me faltarão palavras exatas, porque o amor que aprendi com Maria não era exato, pronto, formulado. Era amor intenso, amor em movimento constante, amor vivo, amor único para cada um, amor colorido como o arco-íris e um amor que comia brócolis para ser forte.

Maria semeou amor e replantou corações na gente. Corações que antes de Maria supunham que sabiam amar e que com Maria passaram a amar mais, a amar sempre e amar sem porquês. Maria amava tudo que é divino. Amava, por exemplo, os arco-íris. Simplesmente porque eles lhe encantavam aos olhos e a faziam sorrir. Por amá-los, ela os contemplava, buscava conhece-los e admirá-los do jeito que eles se mostravam para ela, apesar de ser intrigada porque não conseguia encontrar o lilás nos arco-íris daqui. Ainda assim, ela os amava intensamente, porque o amor não vê as falhas, não precisa daquilo que falta e quem semeia amor sabe disso. E mesmo que os arco-íris não estivessem diante dos olhos da Maria o tempo todo, ela continuava amando os arco-íris, e por mais que ela nunca tenha encontrado o lilás neles, ainda assim ela insistia em amá-los, porque o amor não precisa de presenças exigidas, ele transcende o que os nossos olhos podem ver, Maria sabia disso, Maria nos ensinou isso.

Na sua idade de criança, Maria sabia mais do amor que nós que já passamos dos 20, dos 30, dos 40... Quantas vezes com seu raciocínio rápido, sua fala de criança e seu coração intenso ela nos fez parar para pensar que poderíamos ser e fazer melhor. Quantas vezes Maria nos deixou sem palavras, porque o que ela dizia era simplesmente o óbvio, o óbvio que ela percebia com seu coração amoroso e que nós - adultos, vividos - precisamos dos olhos da Maria para abrir os nossos olhos.
O amor tem o poder de abrir nossos olhos para o que é divino. O amor nos dá coragem de olhar nos olhos dos outros. Maria nunca desperdiçou um “eu te amo” sem olhar bem dentro dos olhos de quem ela amava.

Aliás, desperdício não existiu na vida da Maria. Ela nunca desperdiçou tempo, nunca desperdiçou sentimentos, momentos, pessoas... Curtia intensamente as brincadeiras com as Barbies e cuidava delas, porque sabia que elas precisavam estar inteiras para a próxima brincadeira. E a gente, que é gente grande, nem sempre cuida daqueles que nos dão alegria e parceria, né?

Maria tinha zelo por tudo que trazia alegria para o seu coração: as bonecas, os brinquedos, os filminhos, os lápis de cores... E se doava a todos os seres que lhe faziam bem, ela impulsionava um ciclo vicioso de amor... Demonstrava isso em seus abraços calorosos de quebrar costelas nos seus bichinhos de estimação. Aliás, Maria amava tudo que Deus criou... Principalmente, as pessoas.

Ela se dedicou a cada uma das pessoas que Deus colocou na sua vida de maneira única. Quem conviveu com Maria tem uma história exclusiva para contar. Maria elegia as pessoas, ela tirava a gente de um lugar comum e nos colocava em um lugar privilegiado. Porque ela tinha um jeito especial de fazer as pessoas se aproximarem dela e, garanto a vocês, bastava apenas a primeira aproximação para amar Maria imediatamente. Porque a lei do “plantar e colher” é absurdamente certa quando o assunto é amor. Maria semeava amor e naturalmente recebia amor em troca.

Maria não era comum, ela também foi eleita por Deus. Os eleitos fogem do básico. Talvez por isso que Maria tenha vindo com doses caprichadas de inteligência, coragem e força. Para ela não era emocionante dormir toda noite com a mesma estória do João Pé de Feijão e ela recriava esta estória todo dia, tanto que um dia o João chegou a comprar a feijão no CR. Para Maria o emocionante era jogar no celular no nível 19, com o aparelho de cabeça para baixo e ainda não acreditar que os outros eram incapazes de fazer o que ela fazia. Maria não reclamava em comer brócolis, feijão, frutinhas no lanche, contanto que tivesse direito ao melhor biscoito do mundo e ao pão com capituli.

Maria amou tudo que pode ser dela: o balé, os finais de semana com as pimas, os filmes da Valente, a fraldinha para dormir, a casa da vovó, a casa nova. Ela sabia que o que era importante para quem ela amava tinha valor para ela também, por isso comia de garfo e faca direitinho; cumprimentava qualquer pessoa com educação; abraçava a gente com tanta força que dava vontade da gente ficar naquele abraço para sempre; falava com tanta verdade que era impossível contestar suas teorias de gênia de 4 anos.
Tudo na Maria cheirava a amor. Tudo que vinha da Maria vinha com amor. Tudo que lembrava a Maria tinha amor. Tanto que muitos de nós que estamos aqui doamos amor à Maria sem nunca ter recebido um abraço daqueles que dava vontade de ficar nele para sempre. Maria mantém o ciclo de amor hoje e assim será por toda a vida. Por ela houve perdão, houve aproximação, houve doação, houve oração. Uma corrente de amor se formou magicamente entre nós, tanto que estamos aqui mais uma vez, pelo amor que Maria nos apresentou.

Que sigamos com o exemplo da Maria Regina de amar intensamente, principalmente as nossas pessoas. Que nossos abraços sejam dados com tanto amor que as pessoas não queiram nunca mais sair deles. Que a gente cuide dos nossos parceiros, como ela cuidava das Barbies. Que a gente doe o tempo aos nossos amigos com a grandeza que eles merecem, como ele doava seu tempo as suas pimas. Que a gente semeie amor para o máximo de pessoas que a gente conseguir, para que nossos pais tenham no coração a certeza de terem criado filhos de Deus, como os pais da Maria tem. E acho bom a gente se esforçar em fazer tudo isso, porque senão não vamos ganhar nenhuma estrelinha.

Maria agora está com quem a amou primeiro. Onde nós não podemos ir com nossos pés, mas onde nosso amor chega fácil, porque viaja de coração em coração.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O Alzheimer lá em casa

Entre as 44 milhões de pessoas no mundo que têm o Mal de Alzheimer, uma mora na minha casa. A mulher que me ensinou a ler e a rezar, criou a minha mãe e os meus tios, tropeça em lembranças e às vezes nem lembra. Pergunta e repergunta meu nome, esquece que me carregou no colo e curou minhas febres. Às vezes parece viver em um mundo só dela, com lembranças do passado. Faz as mesmas perguntas cem vezes. E é preciso respondê-las. Ela não quis esquecer, tenho certeza. Ela gostaria de ter todas as suas lembranças de volta, não tenho dúvida. Ela gostaria de lembrar que curso fizemos na Universidade e quantos anos temos. E como ela fica feliz quando o Alzheimer perde pra ela. Ontem, ela lembrou que eu não gosto de comer peixes. Lembrou e esqueceu. Mas eu estive lá, inteira em sua memória. Ponto para ela. Porém, parece tão frágil diante de memórias que tenho de uma vida tão forte. Minha vó foi uma líder, em casa, na igreja e nos movimentos sociais. Uma leitora de primeira linha, nunca se passou um dia de minha infância e adolescência que eu não a tenho visto ler. Escritora refinada. Mãe politicamente correta e amavelmente boba. A melhor vó que alguém poderia ter, eu tenho. Sinto por aqueles que têm vínculos sanguíneos com ela, mas nunca quiseram dormir em suas costelas. Minha vó pode até não lembrar mais de nossa história, mas ela é a história da nossa família. Por isso, na minha casa o Alzheimer é um convidado sem muito prestígio. Não levamos muito em consideração a sua fama de aproveitador de 44 milhões de pessoas. Porque na minha casa, a pessoa mais importante das nossas vidas não gostaria de tê-lo. E a cada dia descobrimos que ele não é mais forte que o amor, que a história, que uma família. Mas é preciso conviver com ele. Porque ele afeta o cérebro, mas nunca o coração. Um beijo, minha vó.

O Facebook e eu

Voltei. Andei escrevendo muito para os outros e pouco para mim. Aí, resolvi voltar. E voltei falando do Facebook. E de como ele me faz "conhecer" as pessoas. No Facebook eu vou de risadas a cara de besta em segundos. Porque tem gente que é engraçado e tem gente que é tapado demais. Já vi no FB de declarações de amor a pedidos de herança. Por lá só tem gente bonita que tira foto na frente do espelho. No FB não há feios! E gente inteligente que cola as frases de sei lá quem no seu perfil. Tem gente que você nunca viu, mas a pessoa curte tudo que você "diz". E gente que já esteve tão perto de você, mas que fala muita besteira em rede social. Gente que faz daquilo um diário: malhando, comendo, dando, espirrando... Gente que faz daquilo espaço para filosofia e política, mas alguns só publicam, não manjam. Gente que faz propaganda política irregular (essa parte cabe a minha chatice). Gente que só lê, curte e comenta (os mais inteligentes, ao meu ver). Gente que é amiga de todo mundo e que não tem amigo nenhum fora do Face. Gente que acha que toda indireta é direta para ela - são sempre mulheres! Gente que posta é direta mesmo, mas não tem coragem de marcar o endereçado. O Facebook é um misto de filosofia, inteligências e cocô. A parte bacana é que o que é destinado à fossas, você pode bloquear. E o que é destinado ao seu bem você pode curtir. Eu gosto do Facebook. Lá eu posso adicionar e excluir gente com muita facilidade. E mandar recados sem o risco de levar um tabefe na cara. Por lá também reconheço mentes boas, gente com quem seria legal levar um papo. E gente com quem eu nunca beberia uma cerveja. Um beijo para você que veio de lá me ler aqui.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

E passou o tempo...

Faz muito tempo que não passo por aqui. E faz muito tempo que muitas coisas acontecem... Que a vida muda e que a vida segue. Faz tempo que parei de escrever pra mim e escrevi muito para os outros. E faz tempo que decidi não fazer mais isso se não for por muito dinheiro. Porque faz tempo que elogios não compram sapatos (nunca compraram). Faz tempo que perdi a confiança em quem pensei que nunca ia me trair, me abandonar, me deixar na mão. Faz tempo que deixei amores do passado, lá no passado (isso é muito massa!). Faz tempo que deixei comigo só pessoas boas, as más eu exclui. Faz tempo que resolvi fazer um monte de coisas que antes eram apenas coragem, hoje são atitudes. Faz tempo que descobri que as almas se encontram antes mesmo dos corpos se encontarem... Faz tempo eu aprendi que eu posso ir muito longe, mas se eu tiver uma fonte de energia comigo. Faz tempo que reaprendi que eu não levo desaforo pra casa MESMO. Faz tempo que eu vivo bem e tanto, que nem tive tempo de passar por aqui. Faz tempo... E o tempo sempre se fará e sempre me fará fazer... Beijo pra você, tempo!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Qdo vc sabe que cresceu?

Vc sabe que cresceu quando seu tio lhe pede para fazer o prefácio do novo livro dele. Sou gente grande! Obrigada, tio. :)

terça-feira, 8 de maio de 2012

O tempo voa...

Voa, voa, voa e eu percebo que ele não me perdoa e não está nem aí pra mim, se eu fiz ou se eu deixei de fazer. É um puta de um egoísta, sem coração, esse tempo... Ele pensa que eu vou aceitar essa parada de estar ficando velha. Pode passar, companheiro, estarei eu sempre jovem! Mas, quando eu vejo que não tenho mais primos crianças, puts... Atesto que ele voou mesmo. Qdo eu percebo que estive na faculdade há mais de uma década... Assumo que ele voou mesmo. Qdo vejo os filhos do meu amigo Jorge fazendo concurso público e ainda me chamando de tia... Aceito que ele voou mesmo. Esse merda voa e a gente fica tentando acompanhá-lo... Ai, ai... O bom é que às vezes é ele que alivia pro meu lado, voando, voando... Ensina que há momentos e pessoas que é melhor deixar pra trás. Ensina que ele cura feridas que antes a gente imaginava nunca serem curadas. Ensina que é com ele voando que a gente aperfeiçoa técnicas, talentos e profissões. Ele voa e molda confiança. Ele voa e realça laços. Ele voa e te presenteia com maturidade. Porque não adianta vir com o papo de que aos 20 anos você é maduro! Blêfe, colega. Maturidade vem com o voo do tempo, depois dos 30, não adianta forçar a barra antes! Então, já que não posso te acompanhar tempo, vai... Voa.Voa.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

O colégio estadual, Álvaro Adolfo da Silveira...

Quem foi apaixonado pelo AAS e não sabe continuar esse hino pede pra sair! Eu aposto que os ex-alunos do AAS, sobretudo os que eu conheço, cantam até hoje o hino da escola. Principalmente aqueles que aprenderem com o professor Donaldo Pedroso. Eu, por exemplo. No meu tempo (não posso falar de agora) estudar no AAS era quase a tropa de elite do BOPE intelectual de Santarém. E era mesmo, afinal, quem não treinava a sua vã filosofia após as aulas do Aldo Campos? Aquele homem me fez pensar, ele me politizou. Quem não aprendeu a dissertar depois das aulas da Isaura e dos ralhos do Leonel Mota? E os peixinhos que todo mundo era obrigado a fazer na prova de Desenho do Professor do Vale. Eu nunca soube fazer o peixinho. Na minha família, estudar no AAS era quase um tópico de testamento. E tanto que quase todo mundo passou por lá, menos os mais novos, mas que com certeza nunca vão viver o que vivemos nas escadas do AAS. A escola mais tradicional de Santarém fez meio século de fundação no último dia 1º. E eu vendo na TV até senti o cheiro do Álvaro Adolfo, juro. Não sinto saudades, porque eu aprendi no AAS que é preciso viver todos os ciclos...rsrsrs Mas, devo ao AAS e todos os professores maravilhosos que tive lá, muito do que aprendi, muito do que sei. Como era pesada aquela fardinha dentro do ônibus... E como tinha um bocado dela e o ônibus ficava minutos parado na porta da escola esperando a tropa de elite descer... e seguia vazio para o centro. O único detalhe deste vínculo familiar meu com o AAS é que todo mundo da minha casa jogou na seleção do colégio, eu dava até atestado pra não fazer educação física. Minha tia Andréa não aceita isso até hoje. Mas pelo menos eu fui convidada a levar a bandeira do colégio no dia 7 de setembro (só as melhores notas da escola recebiam este convite), mas eu não aceitei, pra mim era a morte andar no sol quente no desfile do dia da Pátria. Mas, eu ficava ouvindo pela Rádio Rural e quando o AAS entrava ficava arrepiada de emoção e orgulho. AAS foi a minha escola. Foi ela que assinou meu passaporte para o Universidade Federal do Pará. E eu fui sem escalas, voo direto. Viva o AAS. Nem que seja o de antigamente.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Silêncio.

O problema não é quando eu falo, é quando eu fico em silêncio! Pxiiiiiiiiiiiiiiiiii.

Se vc não entender, eu posso desenhar!

"O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa." P.S.:Furtei este texto do Facebook, não sei de quem é, mas é real.

terça-feira, 24 de abril de 2012

As voltas que o mundo dá...

O Planeta Terra tem dado voltas generosas em minha pacata vidinha. Então, venho aqui agradecer-te, Ó Gigante Bola Azul!!!

É legal quando a gente aprende com essas voltas do mundo... É legal RE-aprender que aqui se faz e aqui se paga, tanto no bom quanto no mau sentido.

O divertido mesmo é a volta que faz a gente rever nossos conceitos. Aprendi que eu não sou a única observadora do Universo, que eu não sou a única que vejo as pessoas que amo pela trama que as sustenta... Tem gente que me vê assim, também! Pasmei, ó.

Em uma dessas voltas do Mundo, aprendi que não sou só eu que sei ler olhares, tem gente que sabe ler os meus olhares também. Puts, me ferrei.

Eu não sabia que eu tinha a capacidade de me deixar ser decifrada, me lasquei. A volta do mundo me ensinou que tem gente que fica só me analisando e que fica a espera de uma volta pra dizer que foi preciso a volta ser dada para eu deixar de ser sustento para ser sustentada.

E foi legal, ó!

Mas, ta bom, agora eu já aprendi, ops, reaprendi, que eu me sustento sozinha. Mas, também descobri que quando alguém consegue ler o olhar da gente, é porque esse alguém sabe muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito de vc!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Brasília é linda, sim!

Eu sou daqueles seres estranhos que não se apaixonam facilmente por gente, mas por lugares... basta uma piscadinha que eu me derreto toda.
Brasília é um desses lugares que roubaram meu coração, com uma paixão fulminante!
É fato que nesse País de corruptos e caras de pau, o conceito sobre este lugar é muito superficial... Brasília vai além das manchetes de jornal e aqui não tem só a casa da Dilma, aliás, coisa impossível é dar de cara com a Presidente por aqui.
Brasília é metodicamente especial, foi uma cidade pensada e por isso mesmo faz a gente pensar muito para andar por ela... Dobrou errado, ferrou tudo, você vai parar, com certeza, numa cidade desconhecida, acho que por isso que elas são satélites, porque satélites para mim são meros desconhecidos!
E o céu? E o entardecer? Duvido que em algum lugar do Mundo o céu é tão pertinho e tão mágico quando aqui! E olha que na Amazônia o céu arrasa, mas em Brasília ele encanta!
E as pessoas gentis, e os motoristas que param na faixa, e os homens de terno? Particularidades que só Brasília tem com excelência!
E os rumos que ela te dá? As vias de nomes estranhos (aqui o nome das ruas são letras e números, nada de Marechal, Professor fulano de tal) te levam para Sampa, BH, Belém, Palmas... daqui você vai pra onde quiser!!!
Falando nisso, se localizar aqui é coisa de doido, se você não leu pelo menosum livro na vida, vai se perder em Brasília... ah, vai!
E essas pessoas que não param nunca, que se localizam por norte e sul, muito massa! E o novo bairro que nasce no Plano: noroeste, porque o Sudoeste já exste, e em Brasília nada é capenga...Se tem norte, obrigatoriamente tem sul... Um metodologia que me encanta e provavelmente encante quem também opta por ser politicamente correto!
E a arquitetura? Singular... Como a Catedral fica em pé mesmo?
Brasília é linda, sim! Com corruptos, milionários, mendigos, trabalhadores e um céu deslumbrante que abriga todo mundo... De todos os sotaques, de todos os destinos! Metodicamente linda!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

De que Planeta?

Quanto mais eu me conheço, mas eu penso que meu planeta não é esse... Minhas preferências são totalmente diferentes da maioria e eu não tenho a mínima vontade de estar na maioria....
Não gosto de ser boazinha e nem aqueles bonzinhos demais me convencem... Não acho certo perdoar todas as ofensas NÃO! Não gosto do Roberto Carlos e pra mim ele nunca fez nada para ser Rei. Não discuto ideias com quem não lê, eu discuto outras coisas. Eu vejo beleza em Marketing Político. Amo as regras da Gramática Normativa e detesto algumas da minha religião. Sou católica.
Não tolero falsidade, até porque não consigo fazer de conta com ninguém. Odeio quem finge que gosta pra agradar os outros, isso não é necessário.
Não gosto de mais ou menos, eu prefiro sim ou não, mas às vezes eu não digo exatamente, porque eu estou testando a inteligência que as pessoas dizem ter (adoro testes).
Eu mudo de ideia, mas eu nunca vou gostar do Roberto Carlos!!!
É...Qual será o meu Planeta?

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

"Vendo tudo de longe"

Voltei a este abandonado blog, por uma justa causa, não que o mundo precise de meus textos e minhas convicções, não precisa.

Nunca pensei que fosse acompanhar de longe a campanha da criação do Estado do Tapajós, mas por escolha minha o faço e vejo como o Brasil dessas bandas desconhece o Brasil daquela banda de lá, que eu vejo como a mais deslumbrante! Claro que é porque é a minha banda. Por aqui ninguém pode saber que você é do Pará que começa o bombardeio do "por quê?". Na cabeça que nem nunca foi e nunca viveu num Pará desigual, a criação do Tapajós e do Carajás é só mais uma maneira de desocupados mamarem as custas do dinheiro público... Mas aí, o paraense que fala bem pra porra, logo explica como é esse Pará que a gente tanto ama... Nunca vi ninguém defender o Não por aqui, mas o Sim, garanto que SIM.
O engraçado é que as pessoas por aqui compreendem, porque convivem com um Tocantins melhor e um Goiás também... e depois de uma conversa produtiva, vem logo a pergunta: e você vai lá votar? Ah, se fosse fácil chegar ao Pará! Uma caravana de paraenses ia rumar ao norte às vésperas do 11/12.
O comercial do TSE convocando a gente mexe com a curiosidade dos outros, dá até a impressão que todo mundo quer votar...
Como eu amo loucamente campanhas eleitorais e guerras de ideias, me é um custo ver tudo isto de longe... Eu gosto de me arrepiar com os textos bons, das edições bem feitas, das bandeiras nas ruas, das estratégias e das táticas bem e mal sucedidas...
Se votar por pensamento valesse... meu voto seria 77... e assim, quando eu fosse comprar água na frente do Nilson Nelson no jogo da seleção brasileira, e o vendedor me perguntasse se me sotaque é do Rio, eu mudaria minha resposta, sem menos amor, dizendo que eu SOU DO TAPAJÓS.
Porque se hoje eu tenho orgulho do meu sotaque paraense, eu terei muito mais em ver que minha banda do Brasil é democrática e inteligente.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Afago para minha Bailarina

Ela mordeu uma enfermeira até sair sangue, porque a mulher foi me aplicar um injeção quando eu era bebê. Ela me ajudava a roubar batida de côco do Tio Paulo, não porque aquilo era bom e sim porque era bom irritar o Tio Paulo. Ela não deixava eu brincar na chuva, porque fazia mal, mas ela sempre tomava banho de chuva e de lama e eu via tudo da janela. Ela me jogou na cerca com raiva e quando ela caiu da árvore mais alta do quintal eu chorei mais que ela. Eu fiquei com raiva do Pompom (o cachorro da família) porque ele mordeu o suvaco dela. Ela brigava na escola e eu ficava com medo de apanhar por causa dela. Ela namorou o menino mais feio do colégio e eu fazia de conta que nem a conhecia. Ela reclama que eu sou a única da família que não foi da seleção da escola, mas eu tive outros méritos.

E assim a vida foi acontecendo e eu achando que ela era minha Gêmea. Nunca soube se minha mãe era mais mãe do que irmã dela, não sei até hoje. Tivemos sempre as mesmas pessoas cuidando de nós, ela tinha ciúmes de mim, enchia meu saco, mas quando era o final da tarde, íamos sentar as duas na calçada para esperar o vovô chegar do trabalho, ele sempre trazia Petybom pra gente. E de noite pegávamos escondidas as roupas da Corro para brincar de desfile atrás do guarda-roupas da vovó.

Agora eu preciso dizer pra ela que estou cumprindo a promessa de ver aquele capelo sendo jogado pra cima. Eu não te disse que eu viveria isso contigo? Estou aqui, só esperando o dia 26/08. É um título seu, mas que pra gente nem precisava, sempre soubemos de sua graduação para as atividades físicas e suas especialidades.

E agora, minha Bailarina, quem vai te segurar? Muitos palcos virão e eu estarei te aplaudindo com sempre foi... Igualmente como eu fazia quando tu jogavas bola na escola e eu tinha orgulho de ser tua gêmea, apesar de ninguém entender porquê eu não jogava nada.


terça-feira, 2 de agosto de 2011

De autor desconhecido, porém muito inteligente...

Há quem diga que mulheres, quando são amigas, ficam insuportáveis, porque concordam sempre uma com a outra e não se desgrudam.

A vida nos apresenta milhares de pessoas.E cada uma delas vem cumprir um papel conosco. Todas elas ficam na nossa memória, nos nossos hábitos, nas nossas fotos, nos nossos guardados... E no meio de tudo que se sente de dor, ou de prazer.

Eu tenho saudade de todas as amigas que já tive na vida.

Tem as amigas da família, as primas, irmãs e tias, que sempre estão indo e vindo da sua vida, provando que o tempo passa, mas certas coisas nunca mudam.

Aquela amiga desbocada que só fala palavrão e se mete em encrenca, mas faz você rir muito.

Tem aquela com quem você anda de braços dados pra todo canto.

Aquela pra quem você contou sobre o primeiro garoto que você gostou.

Aquela que te dá toques sobre roupas, pessoas, corte de cabelo e comportamento. Tem aquela outra que é chorona, aquela que critica você a cada cinco minutos, aquela nerd e cdf que sabe de tudo e aquela melosa, que gosta de abraçar e mandar recadinhos de amor.

E aquela com quem você dividiu a cama naquela viagem que foi o maior programa de índio da sua vida.

Aquela pra quem você conta absolutamente tudo, e sente que foi entendida, e sai aliviada.

Aquela que te dá broncas e manda você parar de roer as unhas.

Aquela que não tem vergonha de dizer que te ama.

Aquela que apresenta os melhores caras.

Aquela que passa com você o momento mais difícil da sua vida.

Aquela que liga todo dia.

Aquela intelectual, que te ensina milhares de coisas.

Aquela que abraçou em silêncio e sentiu você chorar, e aquela que virou as costas quando você mais precisou.

Aquela que faz tudo que você pede e aquela egoísta.

Aquela que ouve quando você está apaixonada e passa horas falando do mesmo assunto.

E aquela que entende quando você a deixou pra ficar com seu namorado.

E aquela outra que exige a sua atenção.

Aquela que só liga no dia do seu aniversário, e que mesmo assim você adora.

Aquela que te indica ginecologista.

Aquela que era a mais chegada, mas sumiu e você nunca mais soube.

E aquela que é uma irmã pra você.

Tem quem não possui tantas amigas assim, mas tem aquela que vale por todas.

E tem também a melhor amiga. Aquela que é simplesmente aquela.

Claro, os homens também sabem ser bons amigos. Também deixam ótimas lembranças. Mas nada é igual à amizade entre duas mulheres.

Um grande beijo para as amigas que vierem a ler isso, para as que não vão ler, para aquelas que estão perto e longe de mim, para aquelas que eu lembro a todo minuto e para aquelas que eu esqueci.

Digo sem piscar que a amizade vale a pena...

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Os sagrados

É tão estranho as pessoas não saberem lidar com os nossos sagrados. Pessoas que vivem anos do seu lado e não se preocupam nadica de nada com o que é sagrado pra você. Não enxergam, não respeitam, fazem dos seus sagrados algo comum.

Eu descobri muitos sagrados, uns não cabem nem nos meus piores conceitos, mas como sagrados eu pus em um altar. Sagrados devem ser respeitados como tal e somente isso. Não devem ser questionados, ninguém é santo ou sábio demais a ponto de saber o que acontece no seu coração e o que está em seu altar.

Não compartilho meus sagrados, porque eles são meus. Só meus. Mas há alguns que são óbvios demais e ainda assim tem gente que os coloca em um lugar comum. Não me importo, eu pago na moeda do respeito, porque eu aprendi o valor de um sagrado.

Mas fica a dica: deixe o seu sagrado no seu altar, porque lá só você tem acesso, só você tem permissão para entrar. Há pessoas que não sabem enxergar fora da sua "igreja" o que é santo e é preciso saber lidar com isso. Estou aprendendo...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Travessias

Eu sempre admirei aqueles que não tem medo de travessias. Àqueles que executam projetos audaciosos e quase sempre promissores. Àqueles que não se prendem a sentimentos, porque sabem que sentimentos a gente leva é com a gente, independente de lugares e endereços fixos. Eu sempre admirei que arruma a mala e sai pelo mundo para estudar... Penso que este tipo de gente é da espécie corajosa. Eu sempre quis ser corajosa, mas fui muito pouco, confesso.

Já tive muitos medos. Mas o pior deles é de me permitir estar amarrada em qualquer lugar que esteja. Nunca fico onde não quero, nunca fico onde não me sinto bem, mas para mudar isso eu dou passos... e descobri com o tempo que a travessia requer passos e coragem... Voar, seguir, desafiar a si mesmo, sair de margens que me prendem a mesmice, a tudo aquilo que eu já conheço de cór e salteado... Não quero mais conhecer perfeitamente os caminhos por onde vou dar passos... Quero caminhos novos, travessias.

Mas, eu não vou me permitir uma travessia medíocre, eu quero uma travessia grande, gingatesca. Vou sair por aí atrás dela... E se um dia eu precisar recomeçar, eu tenho pra onde voltar sempre. Não sou daqueles que tem só um amigo e só uma mãe... Vou me dedicar as travessias... Até.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Eu sempre vou amar o meu avô

Eu tinha dito a mim mesma que nunca mais escreveria sobre ele. Eu sempre choro de soluçar quando eu faço isso, porque ele é a pessoa que eu mais amo na vida. Sim, vida, porque o amor eterniza tudo.

Ontem fez 24 anos que eu não tenho mais colo para dormir. Nem ninguém para eu esperar chegar do trabalho. Nem os biscoitos de chocolate são mais os mesmos, porque ele não está mais aqui para me dar. Faz esse tempo todo aí que me disseram que meu avô tinha ido morar com Papai do Céu.

Tenho certeza que naquele dia eu fiquei de mal com o Papai do Céu. Por que ele levou meu avô de mim? E nem me perguntou se eu teria outro colo para dormir. Foi me tirando assim sem nem saber se eu ia conseguir ficar sem, se eu ia sofrer, se minha casa ia ficar de pé, se minha vó saberia viver sem metade, se minha mãe ia conseguir viver sem seu mestre, se meus tios saberiam cuidar de mim sem ele... Eu tenho certeza que fiquei de mal com Papai do Céu há 24 anos... Era uma criança que chorava muito e queria que tudo fosse diferente.

E mesmo com o tempo, tudo dói do mesmo jeito. Ninguém sabe comprar biscoitos para mim! Mas, o mais doído é saber que a Maria, que a Aninha, que a Clarinha, que o Jota, que o Tetê, que a Milena e meus outros amores não tiveram a sorte de ter o colo dele. Resta a eles a imaginação do que eu pude viver intensamente...

Porém, todos carregamos as lições que ele deixou. Ética, verdade, solidariedade, coragem, amor... Foi meu avô que plantou essas sementinhas na gente. Pena que não deu tempo para ele ficar regando, tivemos que aprender sozinhos... Mas, há quem diga que o que vale mesmo são as sementes estarem no chão, né? E ele as plantou...

Eu sempre vou amar o meu avô. Acima de qualquer amor que eu possa descrever... Como diz o Tetê, quando eu chegar no céu quero que Deus me mostre logo para ele. Eu vou sair correndo, nem vou querer saber das regras de boa convivência por lá, sairei correndo por jardins floridos e ele vai estar sentado numa calçada me esperando. Assim como era quando eu chegava da escola.

Vô, eu tenho orgulho de ser tua e orgulho da família que o senhor deixou para mim. Eu te amo. Para sempre...

(Lágrimas, soluços, sorrisos...)

quinta-feira, 10 de março de 2011

Fingir para quê?

Decididamente eu não sei fingir. Por isso que as pessoas me amam ou me odeiam (adoro isso)... Mas, eu ando pensando que isso - fingir - às vezes nos gera bônus que deixam nosso saco menos cheio, e por conseguinte, a gente ouve menos besteiras. Mesmo assim eu não consigo escolher "o fingir".

Eu não consigo fazer cara de contente quando eu estou de saco cheio. Não consigo ficar numa conversa sem conteúdo e fingir que aquilo ali está me agregando muitos valores... Eu não consigo chamar de bonitinho o que para mim é ridículo. Eu não consigo admirar o que não me chama nenhuma atenção. Eu não consigo agradar quem eu não tenho vontade de agradar. Eu não consigo fazer de conta que está tudo bem quando tudo está uma merda. Eu não consigo deixar de ver um "ç" quando o léxico pede um "ss". Eu não consigo aturar quem mente e quem adora ser o centro das atenções. Eu não consigo dar risinhos gentis para quem eu não cultivo nenhum tipo de estima...

Sim! Eu sou uma criatura chata. Chatíssima.

E eu quero seguir sem saber fingir... Ai, isso - fingir - é decadência! Fim do túnel! Decreto de que "eu não tenho conteúdo e nem personalidade"...

Sim! Eu sou uma criatura chata.... Chatérrima.

Mas o que leva as pessoas ao fingimento? A serem criaturinhas fofas, porém medíocres?

Prefiro ser chaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaata!

Acho que isso é um desabafo, ando meio estressada com coisas que vejo... e pior, não sei fingir que tudo está lindo e o céu azul.

Prefiro fazer aquela cara nojenta de quem está achando tudo muito ridículo do que fingir que o mundo é cor de rosa... Afff.

Gente, como eu sou chata! Nossa!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ana chegou...



Ana Luísa. Com acento agudo no "i" e com S, como toda Luísa deveria ser... rsrsr (Não resisti).

Ana é minha filha número 2. Sim, filha, porque entre os Corrêa sobrinho é filho e ponto final.

Fez um berreiro ao chegar nesse mundo. O hospital inteiro ouviu... Não poderia ser diferente, Ana é dupla de Maria e Maria sempre domina os territórios onde chega.

Bem-vinda, meu amor. Já me sinto enfeitiçada, perdidamente apaixonada.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Da Câmara Municipal de Belém

NOTA DE REPÚDIO


CÂMARA MUNICIPAL DE BELÉM
Estado do Pará

MANIFESTO


A CÂMARA MUNICIPAL DE BELÉM, pelo seu Douto e Soberano Plenário, e atendendo aos diversos requerimentos dos Excelentíssimos Senhores vereadores, vem apresentar VOTOS DE REPÚDIO, contra o Prefeito Municipal de Manaus, Senhor Amazonino Mendes, pela sua atitude discriminatória contra o Povo Paraense, quando se referiu diretamente de forma pejorativa a uma cidadã paraense, ofendendo a dignidade e a essência da cidadania e da democracia que a mesma representava.

Tal postura cristaliza gravame às normas constitucionais, consagradas no seu artigo 5º, somando-se à ofensa da dignidade humana, estendendo-se à soberania nacional do Estado Democrático de Direito, causando profundo ressentimento ao Povo Paraense.

Assim, o Parlamento Municipal, por unanimidade, insurge-se com veemência, com o clamor do múnus político, em declarar o Prefeito do Município de Manaus, PERSONNA NON GRATA em face do gravame perpetrado.,

Dê-se ciência e ampla divulgação do teor da presente moção.

SALÃO PLENÁRIO VEREADOR LAMEIRA BITTENCOURT, Belém do Pará, em 22 de fevereiro de 2011.




Fonte: Câmara Municipal de Belém

Paraense, sim senhor!

Olha que eu já vi político "dispré" (no Pará "dispré" significa incapaz, impossibilitado, desprovido de inteligência) falando besteira em rede nacional, mas a de hoje de manhã no Bom Dia Brasil da Globo foi "uó" (aqui "uó" significa de última, de baixíssimo nível).

O prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, bateu boca com uma moradora de uma comunidade que sofre com deslisamentos de terra e todas as outras mazelas de uma comunidade pobre, "até o talo" (no paraensês quer dizer lotado, cheio) de dívidas sociais. A mulher (que a Globo não fez questão de identificar) pediu que ele urbanizasse a área antes de pedir que eles mudassem do local, ele totalmente "dispré" disse pra mulher morrer e depois perguntou qual a origem dela, ela disse "do Pará", o "dispré" mandou: então, tá explicado!

Pode?

Quer dizer que as mezelas sociais de Manaus é total culpa dos paraenses? Então, as riquezas que Manaus acumula com MILHARES DE PARAENSES QUE OCUPAM CARGOS DE CHEFIA também devem ser atribuídas a nós. Até o melhor governador que aquele Estado teve é de onde, de onde? DE SANTARÉM, OESTE DO PARÁ. Paraense da gema, o Eduardo Braga. E onde o tal prefeito adora passear? EM SANTARÉM, ALTER DO CHÃO, PARÁ.

A propósito, tenho amigos em Manaus... Todos chefes ou ocupam cargos de chefia. Desculpá aí, todos PARAENSES.

Não sei de onde vem essa besteira toda, não existe isso por aqui, aliás, paraense responde logo a altura, não desce a níveis tão baixos quanto do Prefeito. Eu acho que ele precisa de uma assessoria de imprensa genuinamente paraense, quem sabe ele teria evitado pegar tanto ralho nos blogs paraenses de hoje...

Patético, o Pateta!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Isso é Pará!

Eu fico p... quando o Pará entra no JN. Porque só é desgraça ou alguma merda que fizeram por aqui... O Pará não é só isso não, quem vive aqui sabe... Aí, essas pautas fdp servem para o resto do Brasil bater o martelo e dizer que aqui é o fim do mundo, mas a gente sabe que num é, então, tá na mão.

Mas, tem coisas que não dá pra engolir... Puts grila! E só acontecem aqui neste Parazão velho de guerra... Ontem, o MP deu voz de prisão para a diretora do HM de Santarém. A administradora hospitalar ficou, dizem os blogs de notícia, 5 horas prestando depoimento na delegacia a respeito do não-atendimento de uma criança (a criança tinha fratura e segundo fontes foi atendida e esperava vaga pra ser transferida pro Regional). Uma administradora hospitalar... e o Pará inteirinho cheio de corruptos soltinhos por aí...

É óbvio que as dívidas sociais com saúde pública são gigantescas, absurdas, mas isso é culpa de uma única servidora pública, com qualificação para exercer a função? Suponho, não a conheço, que ela faz o que pode, até porque o HMS atende municípios do todo o Baixo Amazonas e vem gente de todo canto para ser atendido aqui. Não seria omissão de socorro acontecendo nos demais municípios também? Haja delegacia, heim... Sendo assim, vamos sair prendendo governadores e a presidente também, uai... Já que uma servidora tem culpa, vamos sair culpando todo mundo, né não?

O MP se justificou, mandou uma nota via assessoria de imprensa (sempre sobra pra assessoria de imprensa, por isso que eu estudei "gerenciamento de crises"...rsrsrs), tá lá no site do Jeso (www.jesocarneiro.com.br)!

O fato é que a mulher recebeu voz de prisão e passou pelo constrangimento, porque se fosse comigo eu ia ficar com vergonha. Não sei ao certo o que aconteceu com a criança, ela deve tá em casa com o braço imobilizado, ou já deve tá lá pelo Regional, não sei... Só sei que quando ela crescer e for contar as histórias bizarras da infância dela, ela vai poder dizer que a fratura do braço dela deu o que falar...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Faz tempo...

Faz um tempaço que não escrevia aqui...
Eu tenho uma leve impressão que eu tinha desistido. Eu sofro de preguiça aguda!
Mas,voltei. Para algumas situações, mudo de ideia.
Neste tempo pouca coisa aconteceu:

Fui a Brasília. Testemunhei a Dilma subindo a rampa do Palácio do Planalto e o Lula correndo para os braços do povo. Meu pé ficou cheio de lama, vi a trança da mulher do Temer bem de perto, vi homem bonito dos quatro cantos do Brasil e choooooorei pra porra!

Terminei minha pós-graduação e agora sou de fato e de direito especialista em Jornalismo Político... e agora estou pensando até que ponto isso vai mudar minha vida... Acho que me arrependi, eu poderia ser especialista em outra paradinha!

Uma das mulheres da minha vida recebeu um graça tremenda. Isso me balançou pra caramba! Fui muito feliz com isso. Eu a abracei 28 dias todos os dias. Adoro.

Meu J entrou na UNB. Ele um dia desses era bebê, agora ele é estudante da UNB. Puts... eu tô velha! Ficou nervoso para fazer a prova, nervoso para esperar o resultado. Uma graça, mas eu já sabia, ele é cabeçudo e esforçado.

Perdi aquele que era pra casar... abafa!Essa parte tem muita frescura, prefiro não escrever sobre ela. Mas, como disse meu tio, quem sabe eu não vá ter de aprender a fazer arroz com pequi um dia... rsrsrsrs

Vou receber daqui a umas horinhas minha amiga de infância! Simmmmmmmmmmmmmmmm, vou ser mais feliz por uns dias... Amo reviver o que há de melhor na vida. Ela não mora aqui, mora longe, vem matar as saudade e eu já estou preparando as gargalhadas.

Bati um recorde com a Rê, duas torres de chope. Duuuuuuuuuuuuuuuuuas.

Escrevi pouco... acho que o mundo tá acabando. Muito estranho isso.

Me aborreci com besteiras, porque tem gente que complica muito a vida.

Conheci um espanholzinho/brasileiro no avião, ele tem 2 anos, fala tudo misturado, mas eu inventei uma estorinha e ele dormiu no meu colo. Não pensem na estória, tá?

No mais... tudo na maior tranqulidade... Continuam me servindo suco de laranja com laranja estragada na orla, continuam minhas velhas amizades, continua minha paixão pela escrita, continua minha dúvida se vou ter de fazer arroz com pequi, continuo não comendo pimenta e segue o círio... Tudo como dantes!

É melhor ser tudo normal...

Eu ouço muito, principalmente de pessoas que convivem muito comigo, que eu não sou normal.

Explico: eu acho tudo normal, aliás, nem tudo... Não acho normal, por exemplo, uma cadela parir um pinto, não, isso não é normal. Mas para mim é normal as relações humanas explorarem os caminhos mais malucos, mais inimagináveis, mais estranhos...

Eu acho normal as pessoas se apaixonarem, assim como acho normal elas esquecerem as paixões. Acho normal alguns escolherem se relacionar relampagamente (crie essa palavra agorinha, eu acho), acho normal quem não opta por casar, acho normal homem galinha e mulher piriguete, acho normal quem bebe e cai porre, acho normal quem curte uma festa como se fosse a última da sua vida, acho normal os ficantes ficarem por ficar, acho normal tanta coisa... Acho normal, por exemplo, que ex sejam amigos para sempre, coisa mais normal do mundo é você se tornar amigo de alguém com quem você já dividiu muitas intimidades, uai?

Porque tem coisas que se a gente não encarar com normalidade, é possível que perdamos vários neurônios tentando entendê-las, e eu quero morrer com todos os meus neurônios funcionando normalmente.

Pensa comigo, para quê complicar? Num é melhor deixar as pessoas viverem do jeito que elas acham que é bacana? É normal escolher o jeito que se quer levar a vida. É normal escolher o preto ou o azul marinho, é normal escolher viver com aquele safado ou com aquele pateta... Tudo é normal...

Ou eu não sou normal? Como diz a Iara: Meu nível de civilidade é muito estranho!

Caraca, será que meus amigos têm razão e eu não sou, definitivamente, normal?

O problema é que me perguntam

Tem um tipo de gente que se irrita quando ouve a verdade. Aquilo que está estampado, desenhado na testa, mas a pessoa não quer ver. De repente, o ser vem e me pergunta... Eu não vou fazer de conta que eu não vejo e nem vou omitir minha opinião, seja ela qual for...

Por isso que digo sempre... O problema é que me perguntam!

Então, cara pálida, se você não quer ouvir a minha verdade, não me pergunta, porque eu vou responder independente de quem você é e independente do que você suporta ouvir.

Depois eu que sou maluca! Valei-me...rs

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Jota na UNB



Sabe aquele amor que não cabe no seu peito?
Aquele amor que só num é maior que vc, porque vc precisa existir pra ele existir?
Assim é o meu amor pelo Jota!
E ele é tão, tão, tão maravilhoso que acabou de entrar na UNB.
Simmmmmmmmmmmmmmm, na UNB, Universidade de Brasília.
Modéstia a parte, mas quem sai aos seus não degenera...
E ele faz eu amá-lo sempre cada vez mais...
Mais, mais, mais... Jota é sempre mais.
Amooooooooooooooooooor meu, parabéns!
Eu já sabia... vc é um Corrêa! rsrsrs
Te amo, daqui a 5 anos tem formatura no DF!
E eu vou estar aí com você. Evidente!!!!!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Saudade de ocê!

Saudade é coisa chata pra caramba. Parece com dor de dente em plena madrugada ou celular sem sinal em caso de emergência. Um tormento que a gente sabe que tem solução, qual a solução, mas entre o sentir e o deixar de sentir existe um tempo que é preciso existir.
Tá bom, tempo... tô aqui existindo... esperando a saudade esvaziar meu peito e eu voltar a normalidade dos dias normais.
Destesto sentir saudades. Confesso!