quinta-feira, 24 de junho de 2010

Saudade constante

Há saudades que a gente tem que sentir todo dia. Ausências constantes que fazer a gente lembrar o quanto vale a pena viver e o que vale mesmo é QUEM a gente tem. Minhas saudades constantes são doces... Fazem-me rir e lagrimar. Acalmam minha alma e deixam meu coração palpitante, sem saber o que fazer.

Sinto saudades todos os dias do melhor homem do Mundo, meu avô. Eu penso nele todos os dias. Sou cheia de saudade de dormir com ele e ouvir ele me chamar de "minha filha". Sinto saudades de não lembrar mais da voz dele, mas lembro das mãos e do cabelo branco bem penteado. Tenho saudades de quando ele chegava em casa e de quando ele estava almoçando na cabeceira da mesa. Tenho saudades de olhar pra ele, admirando aquele caráter que ninguém mais no mundo é capaz de construir. Tenho saudades de quando minhas tias estavam perto de mim todos os dias. Tenho saudades dos sábados depois do meio dia quando todo mundo estava em casa. Minhas melhores saudades, que nunca vão embora.

Tenho saudades constantes das minhas amigas de infância. Elas sabem me ler. Tenho saudades de passar horas conversando com elas como se o tempo estivesse parado. Tenho saudades todos os dias dos segredos que guardamos até hoje. Morro de saudades de não ouvir a Nara me chamar no muro para me contar as novidades do dia. Não gosto de não ter a Karine me contando tranquilamente o desastre do ano, com aquela voz mansa que só ela tem. Tenho saudades constantes da amizade mais intensa que já vivi.

Quis falar dessas duas saudades hoje. Em especial, agora, parece que elas não me cabem no peito.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Tapajós

Eu sempre quis escrever para o Rio Tapajós. Mas eu nunca tive palavras que chegassem “aos pés” da beleza e do encanto que este Rio provoca em mim.

Como dia 22 Santarém faz aniversário e não há nada mais santareno que este Rio, resolvi me arriscar a “cantá-lo”, sim, “cantá-lo”, porque o Tapajós é um namorado que é preciso conquistar todos os dias, diante do deslumbre de tê-lo por perto.

Não há, nem entre os corações mais gelados, olhos que não congelem diante do azul deste Rio único. E eu tenho a sorte de admirá-lo pela janela todos os dias, basta abrir a cortina e buscar nele a inspiração que me falta. E como ele me inspira...

O Tapajós corre manso, acompanhado de uma brisa quentinha, como se fizesse um carinho permanente nesta cidade que só é TÃO bonita porque ele a emoldura. Corre manso na frente de Santarém para mantê-la encantada, brilhante... Sim, ele brilha. Os raios do sol não iluminam nada sobre esta Terra tão lindamente como iluminam o Tapajós... Ele é o espelho do sol, onde o Astro Rei fica se admirando e cintilando nosso dia desde às seis da manhã...

Mas, o espetáculo maior acontece quando o Astro Rei vai embora. Duvido que em outro lugar do Planeta, o pôr do sol seja tão espetacular. O Tapajós o deixa assim...

O Tapajós apaixona o sol, apaixona Santarém, apaixona a mim... É um eterno galanteador.

Brinca com as cores com a sensibilidade apurada da arte. Mas é com o azul que ele mais se identifica... E vai correndo por aí, procurando areias branquinhas para deixar a gente babando diante de paraísos inacreditáveis...

Este rio é minha rua, disse um poeta. Eu me atrevo a dizer mais: este Rio é minha paixão. Uma paixão sem fim, porque sei que posso encontrá-lo a hora que eu quiser... e ele sempre estará deslumbrante para acalmar minha alma.

Tapajós, Santarém sem ti não seria tão aconchegante. Eu sem ti não seria tão santarena.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Beijo


Há amores que bastam apenas existir...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Decisões

Se há alguma coisa que me desperta paixão e ódio são as decisões. Porque a gente tem que escolher entre a decisão do coração e da razão. E a minha razão ganha esse jogo por 5.673 a zero. Mas, aí fico pensando se quem decide com o coração é mais feliz. É?

Pode ser que sim. É melhor decidir com o coração, me parece, sei lá. Mesmo se a porrada for seca depois... O problema é que o coração não aguenta porradas secas, a razão sim. Deve ser por isso essa goleada dentro de mim!

A razão deixa você enxergar lá na frente (eu acho), faz você perceber detalhes que o coração não deixa. Eu prefiro acreditar que a razão nos faz maduros, por isso as decisões tomadas por ela são as melhores.

É...Maturidade. É isso que escolhi pra mim. Se vou me dar mal, num sei... espero que não. Mas por agora, é o que tenho como desculpa.

Mas, se a minha razão levar um gol da saudade... Deu-se a derrota, lá vai eu pensar num texto bom para voltar atrás!

E vc, decide com a razão ou com o coração???

terça-feira, 8 de junho de 2010

Recado



O Aldo achou esse recado que esteve pregado na parede da Agência por longos e rápidos (paradoxo mesmo) 3 meses. A Mônica que escreveu em sua tarefa árdua de produzir uma campanha eleitoral (não era tão árdua, assim, é só pra enfeitar!).

O texto é bom. Mas bom mesmo é o desenho do Ihor abaixo. Explico:

A Mônica, a produtora, não tinha um Sansão como a Mônica do Maurício de Sousa, mas bem que ela gostaria de ter para dar uns sopapos no Batata, o diretor!

É só para matar as saudades... Fizemos uma super EQUIPE. Entre mortos e feridos venceram todos.

Lembra, Udi? Lembra, Dayse?

Quem inventou o estresse?

Queria achar esse sujeito, aliás, eu suponho que o estresse tenha sido inventado por uma sujeita do sexo feminimo mesmo. Estresse tem cara de mulher, não acham?

Eu acho! Estresse é uma palavra bonitinha que a gente passou a usar para não dizer que: "eu estou puta da vida"; "não enche meu saco, seu merda!"; "eu sou só uma para tanto trabalho, que porra!"; "pára de encher meu saco, senão eu te assassino!", essas e outras tantas, né?

Ter estresse é quase um status de que você é ultramoderno. As pessoas já te olham e perguntam se vc está estressada e vc simultanemente aceita o título, afinal é melhor ser estressado do que ser UM MALA (uma no meu caso feminino).

É, ter estresse é estar na moda... eu adotei o modelito, porque não posso dizer tudo aquilo que escrevi mais acima para as pessoas, porque estressados devem ser educados também (acabei de criar essa teoria tosca).

Mas aí fiquei pensando... quem serão os estressores? Minha mãe que jura que sabe tudo sobre mim?; meu salário que acaba antes do mês?; meu TCC que não consigo terminar?; qualquer pessoa menos estressada do que eu?; as decisões que não consigo tomar?; os textos que sou obrigada a refazer mesmo que eles sejam perfeitos para mim?

Vai saber... estressados não pensam, garota!!!! (teoria tosca número dois). Estressados vivem saboreando o estresse nosso de cada dia... Será que seria mais divertido sem? Duvidoooooo!

Eu sei, esse texto tá uma merda. Sem sentindo. Como diria meu professor: sem nexo algum. Mas estressados querem fazer tudo ao mesmo tempo (teoria tosca número três) por isso que o bichinho saiu assim...

Parei de falar besteira! Juro! Estressados decidem tudo rápido, a única teoria que não é tosca neste texto tosco e estressado.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O tempo dos outros

Aprendi com meus erros que é preciso esperar o tempo dos outros... Sim, não é só a gente que precisa de tempo, cara pálida. As outras pessoas vivem igualzinho a gente, com dores, amores, desamores, dúvidas, medos...
Acho graça quando as pessoas querem que eu atropele o meu próprio caminho. Eu reajo rindo. Aprendi a não discutir o indiscutível, cada um pensa como pode, de acordo com o que já leu nesse mundo...
Dar tempo aos outros e saber respeitar todos os caminhos por onde já se passou...E muitas vezes, apesar das mãos estarem dadas, as pessoas não estão no mesmo caminho, não mesmo.
Esperar o tempo dos outros não é perder tempo, é saber que vai existir um tempo certo para o outro entender o que vc quer que ele entenda... É tão mais fácil.
Mas a gente é tão egoísta, né? Só quer saber das nossas dores, dos nossos lamentos, dos caminhos que só a gente fez... Tolice que acaba rapidinho quando a porrada vem na cabeça como um peso de chumbo que despencou de um guindaste... Aí, vc começa a ver que é preciso viver também de acordo com o tempo das outras pessoas. Gosto de chamar a isso de maturidade.
Aliás, tem um monte de coisa que chamo de maturidade...
O tempo do outro vale tanto quanto o seu... este é o segredo. Não é porque precisa agora que o outro precisa que seja agora. Também não precisa esperar o outro a vida inteira... compreender os caminhos, o tempo já é uma forma sábia de crescer, de viver.
Respeitar o tempo dos outros é altruísmo, cara pálida*!!!


* A cara pálida sou eu mesma, é que às vezes eu esqueço que sou minha professora!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Morrer lentamente*

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê , quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor, ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televião o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco,e os pontos sobre os iss em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho nos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva que cai incedssante.

Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não respondem quando lhe indagam sobre algo
que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.

SOMENTE A PERSEVERANÇA FARÁ COM QUE CONQUISTEMOS UM ESTÁGIO ESPLENDIDO DE FELICIDADE.

* Texto de Pablo Neruda.

Detalhe: EU JÁ MORRI... APENAS MEU ESPÍRITO VAGA POR ESTE MUNDO VIRTUAL!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Só mais um, Senhor!

Senhor, eu preciso de mais um cérebro. Juro que não estou estrapolando, não. Também não é vaidade, é necessidade, meu Deus!

Eu sei que não dá para voltar ao ventre para o Senhor colocar mais energia em meus neurônios para ver se eles dão conta de tantos babados. Mas, também sei que o Senhor é que é O CARA, então sei que tens, Meu Salvador, uma saída.

Tipo: o que é para ti que criaste um mundo inventar mais um cérebro para uma simples redatora que cria campanhas, textos, roteiros e um TCC que está pronto mais só em pensamento? É mamão com açúcar, Senhor, quebra essa castanha, vai?

Eu prometo que se o Senhor me atender eu serei uma redatora melhor... melhorzinha, digamos. Eu juro que não vou mais me estressar com ninguém e nem vou mais ficar procurando erros de português em frases do MSN. Juro que serei legalzinha, menos chatinha, menos perfeccionista, menos apressada e mais paciente. EU JURO QUE EU JURO.

Senhor, é só mais um cérebro! Eu garanto que as duas mãos resolvem toda a parada se eu puder pensar por 2 pessoas... Tá na mão, basta só mais um cerebrozinho.

Oh, meu Paizinho do Céu, atende minha prece, anda? Ajuda esta pobre serva das palavras... E que elas nunca me faltem, porque sem elas eu passo fome... (Senhor, age rápido, elas estão começando a faltar na minha mente!)

Amém!


P.S.: Leitores que me amam e que me odeiam, por favor, digam amém!