A gente nunca sabe se as pessoas se aproximam da gente para nos roubar ou para nos devolver. Como diz o padre Fábio: "Há pessoas que nos roubam. Há pessoas que nos devolvem." Eu, seguramente, encontro mais as que me roubam. Sinceramente, nunca vi. Devo ter um pecado mortal nas costas... a minha sorte é que Deus é infinitamente missericordioso.
Pessoas que nos roubam só se entregam depois... quando a gente já entregou alguma coisa pra elas, seja confiança, admiração, tempo ou qualquer outra coisa que é muito nossa. Aí, elas surgem da escuridão, porque a luz que a gente imaginava que elas tinham vinha de uma laterna vagabunda e não de uma estrela divina como o sol.
Elas nos roubam tempo, atenção, sorrisos, paciência... Têm uns que conseguem até nos roubar de nós mesmos. Desse tipo ainda não encontrei, talvez porque tento ser madura demais, acabo acabando com eles bem antes deles tentarem acabar comigo. Tenho sorte.
O problema é que esse tipo de gente está por toda parte. E não é tão simples reconhecê-los. Tem uns que vivem conosco a vida toda e a gente nem se dá conta. Outros, os menos inteligentes, colocam logo as garrinhas de fora, e aí se a gente for esperto, manda logo pastar.
Eu só tenho um problema grave com os que tentam me roubar... Eu sou mais inteligente que eles e tenho maturidade suficiente para deixá-los no lugar que merecem. Só que eu faço isso devagar, o que me dá um ânimo sem precedentes.
Sei que ainda tenho muito para ser roubada. E tô pronta, pode vir... eu sei me proteger. Mas, é preciso me roubar com inteligência, porque eu não costumo ser roubada duas vezes pelo menos ladrão.
Quanto aos que me devolvem... sei quem são.
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