segunda-feira, 22 de março de 2010

Isabella

O Brasil pára de novo para pensar na Isabella.
Uma pequenina de 5 anos que morreu ao ser jogada do sexto andar de um prédio em São Paulo há 2 anos, segundo o Ministério Público de SP.
Um caso que comoveu o País pela crueldade, já que os suspeitos da morte da menina são o pai dela e a mulher dele.
Hoje começou o julgamento dos dois. Estima-se que o julgamento demore bastante, dias. O pai, Alexandre e a mulher dele, Anna Carolina Jatobá, estão no banco dos réus. Agora é esperar para ver como a Justiça dos homens vai ler este caso.
O fato é que uma mãe perdeu sua única filha tragicamente!
Durante esse tempo, independente dos acontecimentos jurídicos, podemos ver o que um coração de mãe é capaz de suportar em nome do amor pelos filhos.
Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella, no alto de sua sabedoria de mãe, mostrou ao mundo a força que uma mãe é capaz de ter.
Em entrevista ao Fantástico, a jornalista Patrícia Poeta, um mês depois do acontecido, Ana Carolina foi a TV dizer o que passava em seu coração. Foi emocionante.
Abaixo trechos comoventes da entrevista e palavras que só podem sair do coração de uma mãe mesmo.

Patrícia Poeta: Você achava que ela pudesse voltar?

Ana Carolina de Oliveira: Eu ainda acho. Tem algumas horas do meu dia que... É como eu te falo, para mim, a noite é muito mais difícil. Chega a noite, eu acho que ela vai voltar.

Patrícia Poeta: Quando você chegou lá, a Isabella ainda estava viva? Ela ainda respirava?

Ana Carolina de Oliveira: Estava. Ela respirava. O coração dela batia e ela estava no chão. Eu ajoelhei na frente dela e a única coisa que eu falei para ela, coloquei a mão no peito dela e falei ‘Filha, fica calma, mamãe está aqui. Vai dar tudo certo’. A minha vontade, quando eu cheguei, era de pegá-la e levá-la, de tirar ela dali e levar para socorrer ela. Só que eu não conseguia mensurar a altura que ela tinha caído.

Patrícia Poeta: Você faria alguma coisa diferente se você tivesse uma segunda chance?

Ana Carolina de Oliveira: Olha, Patrícia, eu fiz tudo, tudo por ela. Eu não fiquei devendo nada nessa vida para ela, nada. O meu amor de mãe, a minha dedicação, tudo eu fiz por ela enquanto ela esteve comigo.

Patrícia Poeta: Esse vai ser o seu primeiro Dia das Mães sem a Isabella, como fica o coração nessa hora?

Ana Carolina de Oliveira: Eu não procurei pensar como vai ser o meu dia, mas acho que vai ser o dia mais triste da minha vida, porque há cinco anos, seis anos, porque no primeiro Dia das Mães eu já estava grávida, eu já era mãe. Vai ser o sétimo ano da minha vida que eu não sei o que é não ser mãe. Eu sou mãe, vou me considerar mãe para o resto da vida, mas eu não sei o que é não ter um abraço. Tudo o que eu sinto, e o que vai acontecer comigo, vai ser junto com a minha mãe.


Um comentário:

disse...

oi amiga! Que bom que está de volta... Estava com saudade de teus textos. É uma forma de ficar perto, mesmo que a distância teime em nos separar (rsss)... Mas vc sabe que sou sua fã e adoro seus textos... Seja bem vinda a esse mundo virtual...Beijão!!! Sabe que vc mora no meu coração!