sexta-feira, 18 de junho de 2010

Tapajós

Eu sempre quis escrever para o Rio Tapajós. Mas eu nunca tive palavras que chegassem “aos pés” da beleza e do encanto que este Rio provoca em mim.

Como dia 22 Santarém faz aniversário e não há nada mais santareno que este Rio, resolvi me arriscar a “cantá-lo”, sim, “cantá-lo”, porque o Tapajós é um namorado que é preciso conquistar todos os dias, diante do deslumbre de tê-lo por perto.

Não há, nem entre os corações mais gelados, olhos que não congelem diante do azul deste Rio único. E eu tenho a sorte de admirá-lo pela janela todos os dias, basta abrir a cortina e buscar nele a inspiração que me falta. E como ele me inspira...

O Tapajós corre manso, acompanhado de uma brisa quentinha, como se fizesse um carinho permanente nesta cidade que só é TÃO bonita porque ele a emoldura. Corre manso na frente de Santarém para mantê-la encantada, brilhante... Sim, ele brilha. Os raios do sol não iluminam nada sobre esta Terra tão lindamente como iluminam o Tapajós... Ele é o espelho do sol, onde o Astro Rei fica se admirando e cintilando nosso dia desde às seis da manhã...

Mas, o espetáculo maior acontece quando o Astro Rei vai embora. Duvido que em outro lugar do Planeta, o pôr do sol seja tão espetacular. O Tapajós o deixa assim...

O Tapajós apaixona o sol, apaixona Santarém, apaixona a mim... É um eterno galanteador.

Brinca com as cores com a sensibilidade apurada da arte. Mas é com o azul que ele mais se identifica... E vai correndo por aí, procurando areias branquinhas para deixar a gente babando diante de paraísos inacreditáveis...

Este rio é minha rua, disse um poeta. Eu me atrevo a dizer mais: este Rio é minha paixão. Uma paixão sem fim, porque sei que posso encontrá-lo a hora que eu quiser... e ele sempre estará deslumbrante para acalmar minha alma.

Tapajós, Santarém sem ti não seria tão aconchegante. Eu sem ti não seria tão santarena.

3 comentários:

disse...

Amiga! Que lindas palavras. Sempre adorei seus textos, mas este está espetacular... Uma verdadeira crônica poética de quem consegue brincar tão bem com as palavras, quanto você... Parabéns... Adorei!

Rúbia disse...

Ai, Joca, chega eu fiquei vermelha de vergonha. Obrigada!

Ana Ferreira Talibah disse...

Querida conterrânea mocoronga, eu vivo longe da Terra Querida, desde 1997, e este seu texto me fez sentir a brisa da manhã em frente a nossa cidade, mesmo estando tão longe.
Abraços de uma santarena que mora em Palmas-TO