sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Entrevista Udi Andrade*

Nos próximos meses irão começar as gravações do curta TapaZonas. Escrito por Udi Andrade, meu amigo. Para atiçar a curiosidade de meus fiéis cinco leitores, segue uma entrevista com o mais novo roteirista do cinema brasileiro, tipicamente santareno. E acredito eu: com um belo texto, afinal conheço o que Udi escreve faz tempo.

SP - De onde veio a ideia de escrever um filme? Existe desde os tempos da'Tapajós" quando vc escrevia novelinhas com seus colegas de trabalho(BLBM)?

U - Bem, a ideia do filme surgiu em 2007, quando iniciei o curso de Comunicação Social/Jornalismo na FIT. Apareceu de repente, durante as filmagens de pequenas histórias para as aulas de Filosofia. Lembro que estávamos filmando “A Caixa de Pandora” quando discuti com alguns colegas da turma essa ideia e a maioria deles aceitou. No entanto, o tempo foi passando, abandonei o curso no quinto semestre e o projeto nem saiu do papel. Porém, no início deste ano resolvi executar esse trabalho. No início, parece que muita gente não levou a sério. Convidei algumas pessoas para integrar o elenco, mas poucos disseram sim. No entanto, ao perceberem que o negócio é verdadeiro voltaram atrás e resolveram aceitar o convite. Sempre gostei de escrever histórias, imaginar situações envolvendo principalmente quem vive ao meu redor. Foi assim durante a minha passagem pela TV Tapajós, quando criava historinhas e envolvia o pessoal do jornalismo. Lembra de quem será A Próxima Vítima? E a música de suspense que só tem nos filmes de Alfred Hitchcock? Foi uma época bem divertida.

SP - E a trilha sonora? Serão as músicas antigas que vc tanto ouve no carro?

U - Gostaria muito que as trilhas sonoras fossem as que ouço diariamente enquanto estou ao volante. Mas, isso é uma questão muito burocrática, que deve exigir recursos que no momento não tenho. Mas, se Deus quiser, encontraremos uma saída.

SP - E os atores? São de onde? Vc os escolheu depois de imaginar a cara dos personagens ou vc pensou neles antes dos personagens existirem?

U - Não foi muito difícil escolher os atores. Boa parte deles estudava comigo, outra, conheci nos últimos três anos. São pessoas que se mostraram interessadas em participar desse projeto. Da FIT, por exemplo, estão no elenco a Amanda Lago e o Maurício Sanches. De lá também conto com o apoio da Meliny Campos e da Val Araújo. Do IESPES vieram a Natashia Santana e o Genildo Júnior. O elenco também conta com Jessé Lima, Leandro Dias, Ianne Monteiro e Clelton Bentes. Esses são os personagens principais da história. No elenco, alguns nomes conhecidos da imprensa santarena vão dar um brilho a mais na história, em participações especiais.

SP - O que acontece no final do filme? Há algum segredo que pode ser
revelado? kkkkkkkkkkkkkkkk (responde essa!!!!!)

U - Bem, não há nenhum grande segredo a ser revelado. Somente vamos mostrar as consequências provocadas pelo fenômeno das terras caídas em algumas comunidades da região. Nos meus planos iniciais as filmagens deveriam começar em agosto, mas resolvi esperar mais um pouco para que as águas do rio Amazonas baixem o suficiente para registramos boas imagens. A história é interessante. Acho que as pessoas vão gostar. Até porque ela tem um enredo para prender a atenção do público.

SP - E depois desse primeiro curta, quais seus próximos voos?

U - Com certeza esse será o passo inicial. Já tenho pronto um roteiro de um curta-metragem denominado “Uma Aventura na Ilha do Amor”, que terá como cenário principal a ilha de Alter do Chão, um dos mais famosos cartões postais do município. Aqui, além de destacar a praia de Alter do Chão, as cenas também serão gravadas em pontos turísticos da cidade como a Praça do Mirante, a Orla e outros pontos.

SP - Qual o maior desafio para quem começa uma aventura tão desafiadora como esta?

U - Sem dúvida nenhuma é a falta de recursos financeiros para colocar em prática o projeto. Mas, graças a Deus, encontrei pessoas dispostas a realizar esse sonho. Estamos sonhando juntos, na perspectiva de um futuro promissor, que, sem dúvida nenhuma, o destino nos reserva. Muitas vezes ficamos acomodados por estar em uma região de difíceis recursos tecnológicos, falta de apoio e muitos outros problemas que acabam desestimulando muita gente. Mas, no nosso caso, todas essas barreiras estão servindo de impulso. Queremos mostrar que aqui, bem no interior da Amazônia, distante dos grandes centros comerciais, existem pessoas talentosas e capazes de fazer o que muitos grandes artistas fazem. Só precisamos de uma oportunidade. Mesmo diante dos obstáculos encontrados ao longo do caminho não vamos desistir. E tenho certeza que depois de tudo isso virá a recompensa. Tem muita gente que ainda age como São Tomé: precisa ver para crer. Pois, podem apostar, vão ver e acreditar que somos capazes. E não deixaremos nada a desejar em relação aos grandes e renomados artistas espalhados pelos quatro cantos desse imenso planeta.

SP - Alguém te chamou de doido por estar escrevendo um filme?

U - Quem me conhece sabe que sempre gostei de escrever. Talvez que não me conheça possa pensar dessa forma, achar que estou ficando doido. No entanto, muita gente tem acreditado nessa “doideira” e dando a maior força. Às vezes, uma palavra é bem melhor do que grandes recursos financeiros. E palavras de incentivo tenho recebido constantemente. Essa oportunidade, por exemplo, que você está me proporcionando, é fundamental. As pessoas passam a acreditar mais no trabalho. E, nesses casos, precisamos de muita credibilidade.

SP - O que vc imagina para o dia de gravação da última cena?

U - Oitenta por cento das cenas serão gravadas em uma comunidade da várzea, que tem sofrido os efeitos do fenômeno das Terras Caídas. As demais serão feitas na cidade (praça, museu, faculdade etc). Por se tratar de uma história de, no máximo, 50 minutos, as gravações devem ser feitas em um mês, somente nos fins de semana, para não atrapalhar as atividades diárias dos nossos atores. Estou apreensivo para o início das gravações. As primeiras cenas serão feitas na cidade. As cenas na comunidade de várzea serão as últimas. Os atores estão com o roteiro desde a primeira quinzena de agosto, pra quando começar as gravações estarem com o texto na ponta da língua.

SP - Quem vc mais quer que veja seu filme?

U - Espero que todas as pessoas possam assistir a esse trabalho. Pra muitos pode parecer nada, mas pra mim é tudo. Acredito também que vai representar muito para as pessoas que estão comigo nessa aventura. Quero aqui registar também uma equipe que será de fundamental importância na concretização desse sonho. Equipe essa comandada pelo grande publicitário Jonas Menezes (que vai dirigir o filme), composta por Elivaldo Reis e Aldo Gama. Nessa parte técnica também podemos contar, inclusive, com a participação do grande cinegrafista Dinho Ferreira, que mostrou-se disposto em colocar em prática esse projeto.


* Udi Andrade é jornalista santareno. Escritor por natureza. Graduado em Língua Portuguesa e especialista nela. Meu amigo dos tempos da Tv, parceiro de grandes desafios eleitorais, um grande profissional.

3 comentários:

Anônimo disse...

Falando sério (calma!, eu não sou o RC), o Udi arrebentou nessa entrevista.. fiquei aqui só imaginando as gravações, ele xingando, falando grosso, com cara de bravo e depois rindo de tudo kkkk)
Arrebentou.. O filme vai bombar!
Mas, restou uma dúdiva: a Kértepra foi escalada???????????/ kkkkkkkkkkkkkkkkk

sucesso garotaço.
um xerooooooooooo
Núbia Pereira.

Anônimo disse...

Núbia, quereeeeeeda (como diz Aguinaldo Silva), o filme ainda não é de sacanagem.....quando for, garanto que a Kértrepa estará, afinal, nisso ela é expert!!!!!

rsrsrsrsrsrsrsrs

Anônimo disse...

Cinco leitores Rúbia, que é isso? Não seja modesta amiga, só aqui tem mais de cinco lendo kkk.
Quanto ao Udi, esse meu amigo se acha rsrsrsrs. Mas até que ele prestou pra alguma coisa hahahahaha. Realmente, muito bom esse filme. Desejo sucesso a ele. Depois quero minha comissão viu amigo. Não esqueço não kkk

Dayse Cristina Lima