quarta-feira, 2 de maio de 2012

O colégio estadual, Álvaro Adolfo da Silveira...

Quem foi apaixonado pelo AAS e não sabe continuar esse hino pede pra sair! Eu aposto que os ex-alunos do AAS, sobretudo os que eu conheço, cantam até hoje o hino da escola. Principalmente aqueles que aprenderem com o professor Donaldo Pedroso. Eu, por exemplo. No meu tempo (não posso falar de agora) estudar no AAS era quase a tropa de elite do BOPE intelectual de Santarém. E era mesmo, afinal, quem não treinava a sua vã filosofia após as aulas do Aldo Campos? Aquele homem me fez pensar, ele me politizou. Quem não aprendeu a dissertar depois das aulas da Isaura e dos ralhos do Leonel Mota? E os peixinhos que todo mundo era obrigado a fazer na prova de Desenho do Professor do Vale. Eu nunca soube fazer o peixinho. Na minha família, estudar no AAS era quase um tópico de testamento. E tanto que quase todo mundo passou por lá, menos os mais novos, mas que com certeza nunca vão viver o que vivemos nas escadas do AAS. A escola mais tradicional de Santarém fez meio século de fundação no último dia 1º. E eu vendo na TV até senti o cheiro do Álvaro Adolfo, juro. Não sinto saudades, porque eu aprendi no AAS que é preciso viver todos os ciclos...rsrsrs Mas, devo ao AAS e todos os professores maravilhosos que tive lá, muito do que aprendi, muito do que sei. Como era pesada aquela fardinha dentro do ônibus... E como tinha um bocado dela e o ônibus ficava minutos parado na porta da escola esperando a tropa de elite descer... e seguia vazio para o centro. O único detalhe deste vínculo familiar meu com o AAS é que todo mundo da minha casa jogou na seleção do colégio, eu dava até atestado pra não fazer educação física. Minha tia Andréa não aceita isso até hoje. Mas pelo menos eu fui convidada a levar a bandeira do colégio no dia 7 de setembro (só as melhores notas da escola recebiam este convite), mas eu não aceitei, pra mim era a morte andar no sol quente no desfile do dia da Pátria. Mas, eu ficava ouvindo pela Rádio Rural e quando o AAS entrava ficava arrepiada de emoção e orgulho. AAS foi a minha escola. Foi ela que assinou meu passaporte para o Universidade Federal do Pará. E eu fui sem escalas, voo direto. Viva o AAS. Nem que seja o de antigamente.

2 comentários:

Anônimo disse...

"O Colégio Estadual Álvaro Adolfo da Silveira/ com sua mocidade em flor/ prepara-se para vencer./ Tendo o livro como arma e a disciplina por dever/ vencerá, sim, a ignorância/ para a Pátria engrandecer..."

Meus Deus!!!! Arrepiada da cabeça aos pés!!

Eu acertei o peixinho, mas sempre errava o balão. Tens razão: aquele uniforme pesava mesmo. Aliás, usei os dois: no primeiro ano, ainda tinha aquele tecido azul nos ombros. Pra não manchar a camisa, mamãe lavava com sal. Amo de paixão o AAS. Só faltou falar da rivalidade com o Rodrigues dos Santos. Será que ainda é assim?? Ê, tempo bom...

disse...

Nossa! De fato Rúbia, quando vi a matéria na TV, passou um filme na cabeça. Eu estudei no ESTADUAL, e aprendi muito, principalmente, a ser uma cidadã engajada. Meus professores me ensinaram a pensar rápido e a respeitar o próximo. Nas aulas do Donaldo só se dava bem, quem pensava rápido. Com Aldo aprendi que se não exercermos a política verdadeira, não poderemos viver a democracia. E a Alba tia da Rúbia, me deixou ainda mais apaixonada pela poesia e todas as rádios. Leonel foi mestre duas vezes, até na Universidade. E quanto aos desenhos do professor Vale confesso que nunca aprendi, eu era ruim de desenho pra caramba. Mas tinha outros professores, e cada um e cada uma nos deixou uma lição, que vamos levar para a vida toda. Até hoje o livro é a nossa arma, e sempre nos preparamos para vencer. E essa rivalidade Iara era bem sadia, mas nós, como diz a Rúbia eramos da tropa de Elite...